SÃO JOSÉ NA ICONOGRAFIA )Curso de Josefologia - Parte III - Capítulo 46)


São José é representado no arco triunfal da Basílica de Santa Maria Maior em Roma, em atitude varonil, com barba, túnica, e manto: é confortado pelo Anjo, segundo o texto de Mateus  1,19-22; está presente na cena da apresentação do Menino no Templo e no episódio (apócrifo) do encontro com o Rei Afrodísio.
Na cátedra de marfim que foi do imperador Maximiano, em Ravenna, São José aparece sempre com túnica e manto, tanto na prova das águas amargas, como no sonho e depois na viagem para Belém e na adoração dos Magos.
Era  representado também no oratório Vaticano de João II (705-707), nas cenas da Natividade, Adoração dos Magos e Apresentação ao Templo.
No Oriente, São José é representado acompanhado por seus servos na representação do recenseamento de Quirino (mosaicos de Kahrié-djami, em Constantinopla, pertencentes ao mosteiro de Chora, do século XIV) Nos murais de Mistra Peribleptos (do século XIV), São José recebe do Sumo sacerdote o bastão florido.
Nas colunas do sacrário de São Marcos (Veneza) é representado como um velho que protege a Virgem e  segura na mão o bastão florido.
Interesse especial têm as pinturas do Santo feita por Giotto em Pádua, Tadeu Galddi em Florença, Nicolau e João Pisano nos púlpitos de Sena, Pisa e Pistoia, e por Arnolfo no presépio de Santa Maria em Roma.
Na Catedral de Limburg (século XIII) São José é representado como jardineiro da vinha divina.
Somente no “Tondo (= redondo de) Doni”, de  autoria do sumo Miguelângelo, pode ser encontrada uma  representação potentemente expressiva de São José como Chefe de família, chamado por Deus a uma altíssima função.
Contemporaneamente, na Alemanha os entalhadores difundem as maravilhosas imagens do Santo devidas ao Dürer e aos escultores das estátuas de madeira do Santo, das cidades de Dottighofen e Brandemburg (1459).
No final do século XVIII, encontra-se na  Espanha uma série de pinturas (o  “Repouso no Egito” de  Bartalomeu Gonzales,  a “Circuncisão” de Roelos, a “Sagrada Família” de Zurbarán) em que São José é representado em veste de Patriarca do Novo Testamento, protegendo e educando o  Menino Deus. Aparecem, neste mesmo tempo, os instrumentos típicos da sua profissão: a serra e o machado.
Este tipo de representação alcança a perfeição no quadro do Herrera (que mostra São José sentado, com Jesus Menino sobre os joelhos) e nas muitíssimas pinturas do Murillo (em que o Santo segura pela  mão a Jesus)...
No grande quadro da Igreja dos Capuchinhos em Cádiz (Espanha), São José ampara o Menino já adolescente. No quadro de autoria de L.G. Carlier, São José é coroado por Jesus. Nas obras posteriores, como por exemplo do Tiépolo,  o  Santo mostra-se intercessor junto ao Redentor ou símbolo do  trabalho humano santificado.



Questão para o aprofundamento pessoal

1.    Indique alguns lugares que contribuíram para a Iconografia Josefina.