SÃO JOSÉ, MODELO PARA A COMUNIDADE CRISTÃ (Curso de Josefologia - Parte II - Capítulo 38)


Paulo VI, como já lembramos, afirma: “que São José é a prova que para ser bons e autênticos seguidores de Cristo não é necessário grandes coisas, mas bastam as virtudes comuns, humanas, simples, contanto que verdadeiras e autênticas” (Homilia de 19/3/1969). Em vista desta sua grandeza a liturgia propõe a todos que São José seja o modelo de fidelidade e pureza de coração, de fidelidade às responsabilidades que Deus nos confia, de testemunho de  amor a Deus, para caminhar nos caminhos da santidade e da justiça e cooperar fielmente na realização da obra da salvação.
Seguindo os exemplos de São José, Deus espera de cada cristão o que se deve esperar, ou seja, uma correspondência fiel e generosa à sua vontade, um empenho fiel com aqueles dons naturais e sobrenaturais que ele deu a cada um, como dizia Pio XI em sua homilia de 19 de março de 1928. De fato, São José é o modelo de uma vida autenticamente humana, verdadeira e simples, e na escola dele foram inumeráveis as gerações de santos que se formaram. Dos seus exemplos vêm para todos os cristãos os exemplos de amor, de paciência, de sacrifício, de trabalhador, de pai, de esposo, de silêncio, de cooperador aos desígnios de Deus, de  santificação da vida quotidiana...
A espiritualidade de São José é o caminho para cada cristão porque supõe a grandeza da vida diária, ele é o “segredo da grande vida” como disse Paulo VI. Ele é, como ainda afirma o mesmo papa: “A luz que brilha de seu incomparável exemplo, aquele que caracteriza o Santo, entre todos afortunado por tanta comunhão de vida com Jesus e Maria”. O exemplo dele, os exemplos que brotam de sua vida, devem ser uma contínua escola para os cristãos.
A este ponto ocorre não esquecer o conselho de Santa Tereza (+1582), a qual tinha São José como seu pai, advogado e protetor e que sempre constatou ter recebido graças mediante sua intercessão e que portanto, por experiência própria, diz ela, aconselha a todos de serem devotos deste glorioso santo, “por grande experiência que tenho dos favores recebidos de São José”.
É impossível constatarmos hoje o número incatalogável de nomes e lugares que dizem respeito a São José, e também constatar as devoções pessoais e de famílias para com ele. “São José continua sendo aquele que socorre em todas as necessidades e dificuldades de seus devotos, cuidando e seguindo com paterno afeto todos aqueles que a ele piedosamente recorrem” (Santo Tomas – Summa Theologica, II, q. 83 a 11c).
A vivência da espiritualidade Josefina é portanto mais do que nunca atual e necessária José que é o Guarda do Redentor, fez com que a sua figura e a sua missão para a Igreja e para todos os cristãos seja de perene atualidade.
Seria útil também, que junto com a devoção mariana, os fiéis fossem incentivados igualmente a rezar a São José. A este respeito o Papa Leão XXIII recomenda: “Pensamos que seja sumamente conveniente que o povo cristão acostume a rezar com devoção e com confiança, juntamente com a Virgem Maria  Mãe de Deus, ao seu castíssimo esposo São José, o que deverá à mesma Virgem ser aceito e caro” (Enc. Quamquam Pluries). Por fim, também a  arte e as publicações que têm influência na formação religiosa do povo, deve-se enfocar mais o matrimônio de Maria e José, a fim de que a beleza deste amor  esponsal entre os dois seja ensinado e apreciado.
            Por ocasião do centenário da Encíclica Quamquam Pluries do Papa Leão XIII, o próprio pontífice colocou para toda a Igreja a oração “A ti ó José” com a finalidade de que no mês de outubro, depois da reza do terço, esta fosse rezada para se implorar a proteção de São José para toda a Igreja, lembrando que assim como pelo vínculo da caridade ele se uniu à Virgem Imaculada, mãe de Deus, que também defendesse a Igreja de tantos perigos que a ameaçava, e que assim como outrora ele salvara a vida ameaçada do Menino Jesus, que também defendesse a herança que Jesus Cristo conquistou com o seu sangue. O papa João Paulo II, lembrará depois, que há cem anos o papa Leão XIII exortava a Igreja católica para rezar, a fim de obter a proteção de São José, Patrono de toda a Igreja.


Questões para o aprofundamento pessoal

1.    Com que palavras o papa Paulo VI indica a  simplicidade da santidade de São José como exemplo para todos os cristãos?
2.    Qual o papa que exorta aos fiéis rezar para obter a proteção de São José?